sábado, 28 de junho de 2008

Mas o que Diablos está acontecendo com os games?

"Não 01, não foi erro de digitação. Foi um trocadalho do carilho."

Ok, antes de mais nada, momento boquiaberto para o anúncio oficial de Diablo III.


Certo. Agora faça como eu, vá até o site oficial e tenha infartos consecutivos (isso é possível?) vendo os vídeos de cinematic e do gameplay. O jogo está absurdamente lindo (me lembrou God of War no visual), com uma jogabilidade que parece ter evoluído pacas (embora eles tenham mantido rigorosamente o mesmo sistema de antes) e teremos novidades aos montes (como classes novas diretamente do... DotA? Witch Doctor" pra mim é o Vol'jin!).

Ok, passou. Agora sigamos pro momento "what the fuck...?" com as seguintes notícias:

- Megaman 9 terá gráficos 8-bit à lá Nintendinho.

Tipo... COMO ASSIM?


Tem gente que vai amar e que gente que vai odiar. Tá, ele só vai ser disponibilizado para download pelo Wiiware (e na PSN e XBLive tbm, pelo que vi), tem aquele blablabla de limite de espaço e tal. Mas... seria esse um retrocesso? Ou apenas uma opção? Acho que só esperando o jogo sair mesmo pra saber. O mais importante: Rebuliço a CAPCOM conseguiu causar, e parece que era isso mesmo que eles queriam. Você também pode entrar aqui e ver mais screenshots do game.

- Novo Castlevania para Wii será um jogo de luta.

Tipo... COMO ASSIM? [2]

Já foram confirmados os personagens Dracula, Simon, Alucard, Shanoa, e Maria Renard. Teremos também os famosos subweapons e eles ainda dependerão dos corações. O Wiimote controla as porradas e o Nunchuk controlará o movimento. Agora, alguém me explica o que diabos deu na Konami pra tentar fazer um jogo de luta? E se possível, me explica também porquê eles destroem nossos sonhos e pervertem nossos jogos favoritos?

- Final Fantasy Dissidia é anunciado para PSP, e é outro game de luta.

Oh, god.


Pelo menos o Character Design é o Tetsuya Nomura e o jogo tá visualmente fantástico. E também vai dar pra ver uns dream-fights: Squall e Sephiroth, por exemplo, já estão confirmados. Ainda assim, alguém lembra do fraquinho Ergheiz? Motivo pra ficar com um pé atrás, eu diria. Caso interesse, tem site oficial e trailer aí embaixo.



- Metal Slug 7 sai ainda esse ano pra Nintendo DS.

Sim, sete. Acho que nem tem mais o que falar, um game que chega à sua sétima versão sem mudar praticamente nada fala por si só.

- Prince of Persia para DS tem visual... SD?

Holy cow.


É esse o visual do King's Fall: Um prince que parece um bonequinho "aperte-minha-barriga-e-eu-falo-me-dá-um-abraço?". Agora só falta fazerem a versão de Metal Gear Solid pra DS com o Snake cabeçudo e de pijamas. Volto a perguntar: por quê diabos eles destroem nossos sonhos e pervertem nossos jogos favoritos? [2]

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Era uma vez uma empresa no Texas...

Metroid todos conhecem. Outro dos carros-chefe da Nintendo, criado por Gumpei Yokoi, a série teve um grande hiatus desde o lançamento de Super Metroid, e depois com a morte do mesmo em 97. Não vimos Samus dar as caras no Nintendo 64, mas queríamos vê-la novamente – de alguma maneira.

Saindo do Japão, vamos para a pacífica cidade de Austin, no estado do Texas. Nesse maravilhoso local de viver, com montes ao norte, rios passando perto da cidadela e uma natureza cosmopolita, um estúdio de games que estava crescendo pediu à Nintendo sua confiança para eles lançarem o novo Metroid. Shigeru Miyamoto sugeriu que este novo jogo fosse em primeira pessoa. Tudo tinha pra dar errado, e muitos se perguntaram: “Hã? Metroid em primeira pessoa e ainda feito por ianques?”. Tudo tinha pra dar errado, mas deu certo.

A Retro Studios hoje, em minha opinião, é a nova Rareware da Nintendo. Essa, que foi um dos maiores tesouros da Nintendo, consagrando jogos únicos como Battletoads, Donkey Kong Country, Killer Instinct, GoldenEye 007 e Perfect Dark. Tirando a trilogia Metroid Prime, concluída no Wii em 2007, a Retro atualmente diz que está dando uma pausa nos Metroid, para nossa tristeza, mas acreditamos estar desenvolvendo em surdina algumas boas novidades por aí.

Essa empresa remodelou Metroid. Veja a primeira imagem do post, do Super Metroid, jogo de plataforma, um dos melhores do gênero, sem dúvida. Fomos contemplados com a série Prime, que se situa cronologicamente anos depois dos acontecimentos do primeiro jogo do NES (sim! Metroid tem história, e é das grandes!), porém a destreza com que o jogo foi feito causou arrepios, e ainda causa em muitos fãs da loura armada.

Confira como ficaram alguns bichos clássicos redesenhados pelos texanos da Retro.

Ridley
Ok... Estou jogando baixo, não minto! Ridley é o meu favorito da série, um vilão que sempre dá um jeito de renascer e voltar. Aquele ser meio dragão, pássaro, filhote de cruz-credo já me causou muito medo na infância, hoje é uma figurinha registrada nos jogos. Em Prime ele volta no primeiro você enfrenta um clone ciborgue munido de todo tipo de parafernália, em Prime III ele volta também, em uma batalha alucinante em pleno ar em uma queda impressionante de uns quinze mil metros!

Metroid
Por você jogar o jogo como se você supostamente visse, sentisse e presenciasse tudo o que a Samus também vê, a sensação de ter um metroid na sua cara sugando suas forças é no mínimo, aterrorizante. A tela fica cheia de interferência, você ouve os gritos da criatura te sugando e a Samus gritando de dor. Só quem foi engolido por um pode descrever a situação!

Samus Aran
Ela de longe não é nenhum monstro. Nas missões anteriores pros consoles antigos, caso terminasse o jogo com 100% ou em algum tempo específico, você veria a heroína com os trajes que sempre quisemos ver. A própria Retro remodelou a Samus, ela virou uma loira misto de Anna Hickmann com Jessica Alba, e tenho que admitir, ficou belíssima. Inclusive ela ganhou voz, dublada pela famosíssima Jennifer Hale. Quem? Claro que você conhece, ou nunca ouviu a voz da Naomi Hunter na série Metal Gear Solid?

Minha empolgação vai ao limite!

Sr. 01, com tanto game designer passando aperto aí nesse país, você não vai programar isso aí por causa de nojinho?


Todo mundo conhece a Ubisoft. Seja pelos jogos de peso que carrega em seu nome como Splinter Cell ou Assassin's Creed, seja pela gostosa bela produtora e musa-dos-nerds Jade Raymond. A produtora divide a produção dos títulos em vários estúdios: Ubisoft US, Ubisoft Montreal, Ubisoft France e... Ubisoft São Paulo!?

É. Nada de boatos, especulações ou notícias rasas. A produtora anunciou, ontem, em seu site, que abrirá seu vigésimo estúdio na capital paulista, no final do mês de Julho. Clico no link dezenas de vezes pra conferir se não estou sonhando acordado. Tudo bem, todos nós sabemos que esse é apenas um dos grandes avanços que o mercado teve desde o ano passado, e que existem outras empresas tão ou mais importantes que também já estão aqui, como a EA e a Microsoft.

Mas, o que torna essa entrada tão especial em relação as outras?

Não é somente uma representação oficial no Brasil. É um estúdio, ou developer, como dizem lá na gringa. É uma possibilidade real de que nossa produção saia dessa fase exageradamente retratada na screen do lado. Não só um gato pingado como é o caso do Carlos Saldanha (animador renomado e responsável pelos filmes A Era do Gelo e A Era do Gelo 2) no meio da animação americana, mas sim uma oportunidade de surgir um time de produtores nacionais que mostre respeito.

A Ubisoft, em seu release, deixa bem claro que a expectativa é de ter uma equipe de 200 pessoas até o próximo ano. Pessoas que, como disse o chefe do estúdio, Bertrand Chaverot, em entrevista ao UOL Jogos, "são apaixonadas por videogames, com mente aberta, que gostem de arte, arquitetura e música, que tenham mentes globalizadas. Quem entrar na Ubisoft terá uma carreira internacional". É uma aposta bem alta no potencial brasileiro.

A expectativa da Ubisoft é grande. Não sei quanto a sua, mas a minha, pelo menos, é enorme.