sexta-feira, 6 de junho de 2008

Você conhece o Mario?

Diga-se de passagem, quando fizeram essa piadinha insana comigo na primeira vez eu disse “Claro que conheço!”. Afinal, tirando alguém que tenha tara por fazer sexo próximo a móveis (entendeu né? Atrás do armário!!), esse nome virou um ícone. Tem um padeiro aqui perto chamado Mario, de verdade, um cara de bigode preto, gordinho e com cara de simpático. Se perguntassem há uns vinte e sete anos, quando o Jumpman estreou a primeira vez no árcade Donkey Kong ninguém conheceria. Também pudera, sequer se chamava Mario ainda na época!

Ninguém sabe quem é mais popular, se é Mickey Mouse ou Mario. O nosso bigodudo já deu as caras em mais de duzentos jogos, desde 1981. Cara, imagina resgatar uma princesa, no mínimo lesada ou a segurança do reino dos cogumelos é tão fraca quanto o a região sul de São Paulo por mais de duzentas vezes. O pior, é um encanador italiano, não temos a Guarda Real Britânica! Seu maior vilão é uma tartaruga gigante com espinhos, com cara de poucos amigos, que solta fogo!

Vendo bem, hoje em dia não teria tanto destaque assim (ou não?!). Mas o melhor é que ainda hoje o nosso italianinho é um dos ícones da sociedade gamer, e não há ninguém, por mais que não goste da Nintendo, nunca tenha jogado um único joguinho dele.

Assim como os jogos evoluíram, o próprio Mario evoluiu. Em uma época em que as pessoas deliravam com games de terceira geração em 2D, viu a evolução do barrigudo. Vimos Mario ganhar um irmão, um cara na época igual a ele, a única diferença é que vestia verde no lugar de vermelho. Vimos Mario voar pela tela com um capa amarela, e caso não ficasse apertando o direcional pra trás você cairia no chão e faria um estrago! Vimos Mario dar errado, no finado Virtual Boy e seu Super Mario Clash. Vimos um Mario novo, e que deu certo, em Super Mario 64. Vimos que mesmo o nosso Mario adorando uma pizza, ele é um exímio atleta, estrelando em jogos de tênis, tabuleiro, golfe e porque não... Pancadaria!

Hoje temos gerações que conhecem esse novo Mario, esse Mario com eixo tridimensional, espaços gigantescos. Não quer dizer que não seja divertido, pelo contrário! São excelentes. Mas um game que me chamou muito a atenção foi o New Super Mario Bros. (não se esqueça do ponto depois do Bros!) exatamente por ser um dos primeiros a quebrarem esse eixo tridimensional. Ok, exagerei, Paper Mario também merece destaque.

Chamou tanto que escreverei depois sobre ele. Agora eu quero é jogar!
Mas e você? Ainda insiste em dizer “Que Mario?”, quando alguém perguntar?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Olha lá... limpou, bateu e... na traaaaaave!

Sim 01, futebol é o tema da vez.

Li na Gamemaster desse mês uma matéria do Gustavo Petró (por sinal, nome bonito o dele) sobre os executivos da Konami terem vindo conhecer o mercado brasileiro, onde eles manifestam o interesse em lançar uma versão localizada do famoso Winning Eleven (ou Pro Evolution Soccer). Ótimo, não?

Mas eu penso no efeito colateral. Com uma versão oficial... pra onde vai a criatividade do povo brasileiro? Poxa vida, tem inúmeras versões hackeadas/modificadas do jogo, com as narrações de Neto e Éder Luís (roubadas do FIFA), do Galvão Bueno e do Cléber Machado (roubadas das transmissões da Globo) e, as minhas preferidas, as de zoação pura (principalmente coletâneas das bobagens que o Galvão fala). Sim, há muita gente que dá a vida por isso. Editar uniformes, jogadores, transferências... isso é a vida do povo brasileiro, afinal, é futebol! E futebol aqui é levado muito a sério.

Claro que temos inúmeras coisas pra nos preocupar, como o balanceamento dos times, as estatísticas dos jogadores, a aparência deles, o licenciamento das marcas dos times, os uniformes, a jogabilidade, se a IA vai ter uma característica mais de futebol brazuca e tal...

...mas eu penso pelo outro lado. A falta de termos algo é que gerou toda essa massa de equipes de edição, todo esse movimento winning-elevenzístico que corre pelo país. Quem nunca jogou uma versão do "Campeonato Brahileño", que vem sendo editada desde o International Superstar Soccer (da mesma Konami, diga-se de passagem)? Que fã de futebol de games nunca reclamou que seu time está muito fraco ou que o time adversário está muito forte e colocou a culpa na edição mal-feita?

A Konami devia aproveitar isso. Devia chegar e contratar essa galera, nem que seja pra ser um bando de beta-tester, nem que seja só pra dar palpites e ganhar uma cópia do jogo cada um. Assim, quem sabe, poderíamos ver algumas coisas legais no jogo original. Com músicas nacionais de trilha, talvez, como algumas edições fazem. Com o Biro-biro pra ser liberado (sendo que ele realmente é melhor que o Maradona no jogo). Com coisas inusitadas ou interessantes, como a torcida do Flamengo gritando "E ninguém cala esse chororô" quando joga contra o Botafogo, ou a torcida do Corinthians gritando "Não pára não pára não pára" no ritmo da música do Roberto Carlos.

Não quero ver morrer essas edições em que quando a bola sai pra tiro de meta você ouve o Galvão dizer que "a física não permite", ou quando acontece aquele lance bizarro onde o cara se atrapalha com a bola e você ouve "olha a habilidade dele, olha".

Não matem a critividade do povo brasileiro. Nem nosso bom-humor, nossa vontade de fazer os games terem um pouquinho mais a nossa cara. Dêem voz a eles, Konami! Usem isso tudo, ao invés de apenas tentar limpar a pirataria do mercado!

Fica aqui um vídeo que mostra um pouquinho dessas modificações. Não sei vocês, mas eu acho legal. Não por ser realmente bem-feito, mas por ser engraçado e, muitas vezes, besta demais. Huahuahua. xD



[ Post altamente inspirado pela vitória de 3x1 do Corinthians sobre o Sport de Recife, transmitida pela Band, onde o Neto sempre solta algumas das maiores bobagens do jornalismo esportivo brasileiro. ]

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Cadê o post, 01?

Gosta de videogame, aspira? Fera.
Gosta de blogs? Melhor ainda.
Gosta de saber a opinião de quem entende *cof cof* do assunto? Maravilha.

Esse é mais um blog que nasceu da vontade gritante de alguns fanáticos de dar pitaco sobre tudo sobre jogos: das mega-fusões corporativas ao pinball na esquina da sua casa. Então, esse é mais um blog que vai falar sobre videogames.

Vamos comentar o que rola por aí no mercado. Mas não do jeito que você está acostumado a ler.

Escrever sobre videogames de maneira inteligente é um suplício com tanta gente boa fazendo coisas boas. Como bom gamer cidadão, nós sabemos sobre a importância do crescimento da indústria no Brasil, sobre os impostos que impossibilitam a diminuição dos preços, sobre a pirataria que ainda come solta. Mas, nesse blog, essa p!*a não é mais nossa. Levamos os games a sério, mas aqui o nosso único propósito é se divertir. E divertir o nosso leitor. Pois o videogame tem que ser alguma coisa divertida, no final das contas.

Vocês chegaram até aqui com os seus próprios cliques. Agora vocês já sabem a que viemos. Logo logo vem mais. Não peça pra sair.

Bruno Silva
Editor, Redator & Caveira