quarta-feira, 4 de junho de 2008

Olha lá... limpou, bateu e... na traaaaaave!

Sim 01, futebol é o tema da vez.

Li na Gamemaster desse mês uma matéria do Gustavo Petró (por sinal, nome bonito o dele) sobre os executivos da Konami terem vindo conhecer o mercado brasileiro, onde eles manifestam o interesse em lançar uma versão localizada do famoso Winning Eleven (ou Pro Evolution Soccer). Ótimo, não?

Mas eu penso no efeito colateral. Com uma versão oficial... pra onde vai a criatividade do povo brasileiro? Poxa vida, tem inúmeras versões hackeadas/modificadas do jogo, com as narrações de Neto e Éder Luís (roubadas do FIFA), do Galvão Bueno e do Cléber Machado (roubadas das transmissões da Globo) e, as minhas preferidas, as de zoação pura (principalmente coletâneas das bobagens que o Galvão fala). Sim, há muita gente que dá a vida por isso. Editar uniformes, jogadores, transferências... isso é a vida do povo brasileiro, afinal, é futebol! E futebol aqui é levado muito a sério.

Claro que temos inúmeras coisas pra nos preocupar, como o balanceamento dos times, as estatísticas dos jogadores, a aparência deles, o licenciamento das marcas dos times, os uniformes, a jogabilidade, se a IA vai ter uma característica mais de futebol brazuca e tal...

...mas eu penso pelo outro lado. A falta de termos algo é que gerou toda essa massa de equipes de edição, todo esse movimento winning-elevenzístico que corre pelo país. Quem nunca jogou uma versão do "Campeonato Brahileño", que vem sendo editada desde o International Superstar Soccer (da mesma Konami, diga-se de passagem)? Que fã de futebol de games nunca reclamou que seu time está muito fraco ou que o time adversário está muito forte e colocou a culpa na edição mal-feita?

A Konami devia aproveitar isso. Devia chegar e contratar essa galera, nem que seja pra ser um bando de beta-tester, nem que seja só pra dar palpites e ganhar uma cópia do jogo cada um. Assim, quem sabe, poderíamos ver algumas coisas legais no jogo original. Com músicas nacionais de trilha, talvez, como algumas edições fazem. Com o Biro-biro pra ser liberado (sendo que ele realmente é melhor que o Maradona no jogo). Com coisas inusitadas ou interessantes, como a torcida do Flamengo gritando "E ninguém cala esse chororô" quando joga contra o Botafogo, ou a torcida do Corinthians gritando "Não pára não pára não pára" no ritmo da música do Roberto Carlos.

Não quero ver morrer essas edições em que quando a bola sai pra tiro de meta você ouve o Galvão dizer que "a física não permite", ou quando acontece aquele lance bizarro onde o cara se atrapalha com a bola e você ouve "olha a habilidade dele, olha".

Não matem a critividade do povo brasileiro. Nem nosso bom-humor, nossa vontade de fazer os games terem um pouquinho mais a nossa cara. Dêem voz a eles, Konami! Usem isso tudo, ao invés de apenas tentar limpar a pirataria do mercado!

Fica aqui um vídeo que mostra um pouquinho dessas modificações. Não sei vocês, mas eu acho legal. Não por ser realmente bem-feito, mas por ser engraçado e, muitas vezes, besta demais. Huahuahua. xD



[ Post altamente inspirado pela vitória de 3x1 do Corinthians sobre o Sport de Recife, transmitida pela Band, onde o Neto sempre solta algumas das maiores bobagens do jornalismo esportivo brasileiro. ]

2 comentários:

Bruno Silva disse...

heuaheuhae, bom post Mancha!
Mas é inacreditável como o brasileiro se dedica à edição do WE. Equipes inteiras pra atualizar e deixar o jogo mais perto do brasileiro.

Se a Konami conseguisse algo do tipo, seria fantástico, mas infelizmente eu vejo isso com um olhar bem utópico...

Sir Alain de Paula disse...

O engraçado é o "Wining Eleven - Brasucas", onde mesmo que você dê um toque no goleiro, aquele chute sem sal sabe? Mesmo assim o Galvão grita: "Grande defesaaaaaa do Goleiroooo"...

...

Hehhe... xP~~